29 janeiro 2009

Segunda chance




Ultimamente tenho pensando em muitas questões relacionadas à esperança e a necessidade de acreditar em dias melhores, mesmo quando esses parecem estar mais distantes. Foi assim que, numa tentativa de me animar um pouco, cavei em minhas coisas até achar um pedaço do meu passado. Meu e de outras pessoas, afinal trata-se de um desenho animado chamado Yu Yu Hakusho. Exibido no Brasil pela hoje extinta TV Manchete em meados dos anos 1990 e poucos, esse animê (nome dado a desenhos japoneses) conta à história de um garoto, Yusuke Urameshi, briguento e de poucos amigos que logo no primeiro episódio morre ao salvar a vida de uma criança impedindo que essa fosse atropelada por um carro.
É nesse ponto que as coisas começam a ficar interessantes. Antes de qualquer coisa, tenho outro detalhe da história para contar. Sua morte foi tão inesperada que surpreendeu até mesmo o outro mundo espiritual. No entanto, o destino sorri para ele e lhe dá uma chance de voltar à vida, não sem antes passar por alguns testes. Logo de cara, Yusuke não acredita que vale a pena voltar e que ninguém sentirá a sua falta. Mas ele muda de idéia ao assistir seu velório e ver sua mãe, a amiga de infância, um desafeto que sempre brigava com ele (e sempre perdia) e o diretor da escola. Todos sofrem com o ocorrido e reagem ao seu modo com a aparente fatalidade. Só para encurtar um pouco, eu nem preciso dizer que no final tudo acaba e ele volta à vida e se torna uma espécie de herói-detetive espiritual.
Assisti aos primeiros episódios desse desenho na noite de ontem. Tirando o momento nostalgia de lado, o mais importante desse exemplo que me tocou foi à oportunidade de receber uma segunda chance. Na vida, todos esperamos ansiosamente por isso, principalmente para provar para nós mesmos e para o mundo que é possível aprender com os erros. Fazer a coisa certa também depende de saber o que é errado em cada situação. Esse parágrafo até me lembra um pouco um trecho de uma música da Legião Urbana que diz: ``Provar para mim mesmo que eu não tinha que provar nada pra ninguém``.
Nem sempre a vida dá uma segunda chance pra gente. Não vivemos em um mundo de ficção. Infelizmente, não há uma máquina do tempo equipada dentro de um carro que nos leve ao passado e permite reconstruir tudo. Por isso, se perguntar o que você faria se tivesse como não cometer os mesmos erros é interessante. Mas nem sempre há tempo ou espaço para isso e o mundo lá fora não espera que você se recomponha e volte a lutar.
Errar é inevitável, infelizmente, e pode ser doloroso enfrentar as conseqüências de um erro. Mas viver sofrendo sob a sombra das cicatrizes do passado é pior ainda. É preciso ter a humildade em admitir falhas, perdoar a si mesmo e o outro reconhecendo a humanidade nesses atos. Esperar por uma segunda chance pode demorar muito. Sendo assim, ter a iniciativa de procurar por uma segunda chance é também uma forma de não entregar os pontos antes do final de uma luta. É esperança viva pulsando dentro do coração.

Agradecimentos à blogueira e amiga querida Daia do blog
por me incentivar a escrever este post.

26 janeiro 2009

A necessidade de escrever em um blog



Por mais incrível que pareça, eu só me dei conta hoje de que havia escrito três textos seguidos no meu blog. Para quem publica toda dia (o que com certeza não é meu caso) isso é normal, mas para quem tem o costume de fazer isso eventualmentante a história é outra. Não sei se me espanto, pois é parte da característica de um blog ter essa face de espaço para desabafo e liberdade. Além do mais, agora posso dizer que levo isso ao pé da letra. O motivo: necessidade.
Sempre tive uma relação forte com a escrita e isso nem sempre implicou em melhoria textual, infelizmente. Para quem quer escrever bem, é fundamental ler, estar atento às regras gramaticais e ter uma idéia pronta para ser desenvolvida. Antes, mas muito antes mesmo, cometia muitos erros desse tipo, de concordância principalmente. Isso faz parte, afinal é errando que se aprende. No entanto, tais obstáculos nunca me impediram de ser esse aventureiro das palavras que sou, alguém escrevendo sobre assuntos variados.
Nem todo relacionamento é estável. Com a escrita, obviamente não seria diferente. Prova disso é o fato deste autor ter pensando, mas nunca chegado a vias de fato, em desistir de tudo, inclusive de escrever, seja uma critica de cinema, uma tentativa de poesia ou uma crônica blogueira como essa. Felizmente, escrever faz parte de mim e é, de certo modo, uma atividade que me define como pessoa. O porque eu não sei e, sinceramente, nem procuro a resposta. É como costumo dizer por ai ``Escrever para mim é e sempre será o mesmo que respirar``.Também já foi uma forma de terapia através de desabafo, coisa que faço até hoje com mais intensidade.
Tenho uma teoria respeito de algo que não só acontece comigo, mas com muitas outras pessoas. Trata-se da relação que essas possuem com suas idéias, essas são pensamentos, reflexões, imagens todas misturadas dentro da mente. Prontas para sair, elas ficam martelando insistentemente até ganharem vida em forma de texto, esse um conjunto de fragmentos (palavras) feitos para expressar o olhar do autor.
A blogosfera, termo muito utilizado para se referir a esse mundo dos blogs, é o espaço ideal para muitos desabafarem e tornarem-se livres em seus espaços pessoais. Fico sempre muito feliz com o diálogo maravilhoso que esse meio proporciona de conhecer pessoas donas de olhares tão diversificados. Isso faz jus a minha idéia de Olhar Receptor, compartilhar com o outro que você recebe e como isso é processado pelos seus olhos. Todos assimilamos e fazemos leituras a partir dessa assimilação. Por isso, conhecer o olhar do outro é tão importante também. Enfim, é um dos vários motivos que justifica a minha necessidade de escrever em um blog.

25 janeiro 2009

Amores não correspondidos




Ainda me lembro de quando resolvi escrever sobre amor no ano passado. Foi uma sensação tão boa e motivadora, afinal de contas eu estava apaixonado. Era uma paixão não correspondida e, portanto, platônica, mas que serviu como pontapé inicial para pelo menos quatro textos sobre o assunto. É tão engraçado estar apaixonado, você não enxerga defeitos na pessoa amada, seu coração bate descompassadamente e as pernas ficam bambas. Isso tudo fora à comunicação que, dependendo do caso, pode ficar monossilábica por parte do emissor, ou seja, o ser apaixonado.
Para os não correspondidos, é muito comum sofrer por causa disso. Por lógica, o incomum pode ficar por conta da correspondência tão inesperada ou então de uma possível amizade. Sendo assim, está mais do que justificado a escolha de imagem para ilustrar esse post. Essa loira linda e simpática é a atriz Allison Mack, que interpreta a personagem Clhoe Sullivan, a intrépida repórter e melhor amiga de Clark Kent, do seriado Smallville.
Apenas para informar para aqueles que não acompanham o seriado, Clhoe sempre amou secretamente seu melhor amigo, mas, por falta de correspondência, teve que contar com sua amizade. E a partir dai foi se formando um grande e belo laço forte de união entre os dois personagens. Isso me faz lembrar que amizade é também uma forma de amor, esse correspondido. Da forma como isso ocorre com ela, à situação vem para amadurecer o coração e nos ensinar a amar de diferentes formas.
Como toda história de ficção preza por um final feliz, com ela não seria diferente. Para a alegria e torcida de muito de seus fãs (entre eles, este que vos fala) ela encontra alguém que corresponde seus sentimentos, isso demonstra que nem tudo está perdido. Por experiência própria, sei o quanto é doloroso não ter a correspondência por quem se apaixona. Desistir é sempre uma opção nada agradável.
No entanto, a experiência de um amor não correspondido não elimina a possibilidade de amar. O amor inspira e motiva, desistir de algo tão bom assim é como deixar um pedaço faltando no coração. Enfim, escrevo esse post ao qual publico pela simples vontade de escrever e expressar meu amor por essa personagem tão linda por dentro e por fora ao qual admiro por diversos motivos. Sei que posso parecer um grande bobo neste post, mas isso é efeito do amor, nesse caso um que não machuca e só faz bem.

Selo ``Olha que blog maneiro``


Indicado pelo blog:

Muito obrigado.  Seguem os indicados:


Regras:
1- Exiba a imagem do selo “Olha Que Blog Maneiro”.
2- Poste o link do blog que te indicou.
3- Indique 10 blogs de sua preferência.
4- Avise seus indicados.
4- Publique as regras.
5- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.
6- Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com os 10 links dos blogs indicados para vericação. Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá 1 caricatura em P&B.7- Só vale se todas as regras acima forem seguidas.

Aprendendo a ser gente grande




Crescer e me tornar gente grande é um assunto importante quando você se dá conta que o tempo está passando. Para mim, trata-se do momento certo para se avaliar o passado e aprender com ele, talvez seja nesse ponto que se adquire sabedoria. Quando criança, sempre observava os mais velhos e suas atitudes. De certo modo, pareciam todos iguais. Exceções eram raras. 
Isso me faz lembrar de algo que ouvi em sala de aula. Era algo muito interessante sobre a formação do caráter dentro do ser humano. Uma criança, por exemplo, observa os adultos (principalmente os pais) e assimila aquilo como sendo um padrão normal de comportamento. Com o passar dos anos e a devida orientação vem o discernimento do certo e errado. Isso envolve valores, cultural, moral, ou seja, a educação.
Já na juventude, o ponto na linha da vida em que eu e muitos se encontram, ocorre o risco de entrar no meio termo quando você não é mais totalmente um garoto e nem um homem. Ainda. Parece confuso e até mesmo idéia de crise de identidade. Sinceramente, tenho minhas dúvidas, afinal quando é necessário parar de agir como uma criança ingênua se assustando com o mundo e tomar uma atitude para valer?
Toda vez que penso nesse assunto de ser gente grande me lembro de filmes como ``Quero Ser Grande``, com Tom Hanks, e ``De Repente, 30`` com Jennifer Garner. São comédias muito boas, uma mais antiga e a outra mais recente, mas ambas tratam praticamente do mesmo assunto: personagens infelizes como suas idades que aprendem a respeitar o tempo sem tentar acelerar o processo. Quem viu os filmes sabe do que estou falando.
Quando meu rosto se depara com o espelho, o que realmente vejo são reflexos de um passado (não muito distante) onde pensar no futuro significava sonhar apenas. No aqui e agora, sonhos parecem se tornar objetivos próximos como ter uma carreira estável num mercado inconstante, ter relacionamentos em uma época em que as pessoas cada vez mais se desprendem de qualquer compromisso sério e por ai vai. Sinceramente, parece que tudo isso é muito amargo e solitário para alguém, como o autor desse autor, que considera importante ter sempre um lado criança ali guardado na parte mais sincera do coração. Enfim, continuo tentando realizar essa complexa tarefa que é aprender a ser gente grande.

23 janeiro 2009

Os sentimentos não pensam




Posso apostar os fios do meu cabelo que quando você leu o título desse texto pensou se tratar de uma afirmação muito óbvia. E é mesmo. Tudo que nasce dentro do coração não pensa ou tem qualquer ligação com a razão, essa com suas raízes no cérebro. Raiva, dor, amor, paixão, tristeza, piedade, medo, entre tantos outros sentimentos constituem esse fio de sensibilidade humana que, ao meu ver, existe dentro de uma vibração de energia. 
Tá, eu sei, este papo parece meio místico ou estranho para quem não pensa muito sobre o assunto, no entanto, é importante saber como estar em contato com sua própria energia e, se possível, compreendê-la em sua complexidade. Mas a complexidade pede paciência e conhecimento para sua compreensão. E isso leva tempo, talvez até demais. Nessas horas, é preciso se perguntar o quanto está disposto para encontrar suas próprias respostas.
Como seres humanos, todos temos algo que eu gosto de chamar de natureza pessoal. Já toquei nesse assunto antes e pretendo abordá-lo em outros textos. A natureza pessoal é nosso jeito de ser, nossa visão, sonhos e atitudes na vida. É dentro desse item que se encaixa a nossa jornada em busca de autoconhecimento e, portanto, de conhecimento a respeito dos sentimentos que pulsam dentro do coração, essa imã de energias boas e ruins.
O mais curioso dessa história toda é não ter uma explicação para o que se sente. Quem nunca se perguntou porque ama ou odeia tal pessoa e se deparou com respostas nada satisfatórias ou sinceras? Por favor, levante a mão. Às vezes um acontecimento chato e triste durante o dia pode te derrubar por alguns segundos, em outros te fazer sentir triste e com raiva (vai entender) e assim por diante. Afinal, os sentimentos têm suas variações e estágios: raiva e fúria; medo e pavor; tristeza e depressão.
É importante tirar uma boa lição de cada adversidade e assim descobrir a própria força. E isso me traz a conclusão de que, de certo modo, achar um equilíbrio entre razão e emoção é talvez a melhor alternativa para crescer pessoalmente. Também começo a enxergar uma relação entre o pensar e sentir. Bons pensamentos, como lembranças de momentos inesquecíveis e maravilhosos, fazem o coração sorrir e pulsar alegria. Tudo isso vibra numa energia te permitindo atrair mais e mais positividade. Se tudo isso te lembra uma certa lei da atração, tenha certeza que toda semelhança não é mera coincidência. Isso me inspirou a escrever esse texto, pelo menos uma boa parte dele. Minhas energias, fora à experiência pessoal, também me deram o empurrão necessário para compartilhar essas reflexões. Como aconteceu isso? Simples, eu senti, essa é a explicação.

Agradeço de coração a Lu do blog Ser Irreverente   pela ajuda com a imagem que ilustrou o post de hoje. 

19 janeiro 2009

E ai, vamos teclar?




Há tempos tenho uma baita vontade de escrever sobre o mundo virtual. Assunto com certeza não me faltará. Acho conveniente que a linguagem nesse post seja o mais coloquial possível, caso você preferira o termo, um texto bem livre. Para inicio de conversa, não posso esquecer daquela que talvez seja a primeira experiência de muitos na net: a abreviação de palavras. Não é todo mundo que se acostuma a esse modo ágil de escrita e, quando começa, nem percebe que está teclando frases como ``Vc tc da onde`` (a mais comum) ou ``Vc é H ou M?`` além de expressões como ``naum``, ``rsrsrs`` e por ai vai. A lista é grande.
Isso é muito comum em salas de bate-papo, o lugar mais preferido para abrir as portas do mundo virtual e sentir na pele a conexão com pessoas de vários pontos desse mundo. Na primeira vez, é algo super legal e fascinante, pois diminui as barreiras geográficas da distância e aproxima pessoas a um clique do mouse ou do teclado. Quando a curiosidade e o interesse aumentam, o usuário cada vez mais disposto a novas experiências se lança para o mundo das carinhas engraçadas e animadas dos emoticons, parecido com as salas de bate-papo só que mais reservado e pessoal, mas igualmente viciante. Isso sem esquecer, obviamente, dos sites de relacionamento que expandem esse conceito de interação de diversas formas.
Esse admirável mundo novo virtual nos leva a outras reflexões. Uma delas é a questão da identidade, por exemplo. Tendo em vista a possibilidade de exposição, muitas pessoas se jogam de corpo e alma para os holofotes da rede, grande parte de forma exagerada. É bom ressaltar isso, pois muitos também usam o recurso da internet com uma certa sabedoria não se expondo de maneira vulgar ou vazia, mas utilizando o meio como forma de expressão, entre outras muitas utilidades.
Isso vale mais outra observação. Já diriam os analistas de plantão que a internet dá a muitas pessoas timidas a oportunidade de se expressarem. Não sou totalmente a favor de tal pensamento, pois não quero reforçar a idéia do estereótipo, mas isso já é outro assunto. Voltando. O que quero dizer é sobre o quanto esse meio de comunicação possibilita a abertura com o outro em um diferente estágio de interação. É uma troca em que, mesmo não havendo o olho no olho diretamente, te dá à oportunidade de conhecer bem uma pessoa. No entanto, nada, absolutamente, NADA substitui a vida real e tudo o mais que estamos acostumados nela.
Mesmo assim, é excitante conhecer pessoas assim, seja amizades do coração (eu tenho muitas) como também algo mais. Por isso, recomendo fazer parte desse mundo tendo em vista os lados positivos dessa ferramenta tecnológica da globalização. Nunca esquecendo, em hipótese alguma a segurança seja no uso de e-mails ou até mesmo nos relacionamentos. Afinal de contas, cautela é sempre bem-vinda no real e no virtual na hora de teclar/conversar com alguém.

18 janeiro 2009

Escolhas e convicções




Não lembro exatamente quando mas certa vez ouvi uma frase como essa: ``Você nunca poder ver além de sua escolha``. E ela me fez pensar sobre a idéia de escolher um caminho. Algo como viver no escuro no qual não há nada claro e nem lados totalmente definidos para sua visão se orientar. E falo isso graças à motivação por trás das minhas palavras neste texto. Trata-se de um momento especifico de uma história em quadrinhos do Homem-Aranha em que o mesmo dialoga com o Capitão América que, por sua vez, faz um discurso sobre patriotismo. Dessa vez, não abordarei o amor à pátria, mas a importância de defender o que se acredita.

Basicamente, essa conversa fala sobre defender o que se acredita, não importando as conseqüências. Há um trecho importante sobre respeito a suas convicções em que o Capitão diz: ``Quando a multidão e a imprensa falarem pra você sair do lugar, seu dever é firmar-se como uma árvore ao lado do rio da verdade e dizer pro mundo inteiro....Não, saiam vocês``. Isso me faz pensar em tanta coisa como em situações em que tudo conspirava a favor de uma desistência e mesmo assim eu continuei lutando. Tudo isso também me faz lembrar do quanto admiro pessoas determinadas e certas daquilo que querem.

A certeza é como um solo firme cimentado pela verdade. É tão real a ponto de você poder tocar e sentir sua veracidade. Mas quantos erros são necessários para descobrir a coisa certa? Afirmar o quanto isso é simples e fácil parece uma atitude automática para ter a sensação de segurança. No entanto, uma mudança de atitude é fundamental para virar o jogo nem que isso signifique olhar-se no espelho e ``cair na real``.  

Muitas vezes não respeitamos nossa natureza pessoal e isso causa muita dor, essa sentida com mais intensidade com o passar do tempo. Por esse motivo, temos que ser sábios para com os rumos tomados nessa vida e aprender com os erros tirando sempre uma lição desses. Isso sem nunca esquecer de ser fiel as suas próprias convicções.

11 janeiro 2009

O que me faz sorrir



Imagine uma situação em que alguém lhe pede para fazer uma lista das coisas que mais gosta nessa vida. Agora, pense primeiro em quais delas você poderia dizer assim logo de cara sem ao menos processar as palavras. Exercício interessante esse, não é, caro leitor? Proponho uma reflexão sobre isso nesse texto, pois recentemente me deparei com essa questão e até o momento encontro dificuldades para respondê-las de forma apropriada. Por enquanto, a única certeza é o primeiro item dessa lista: escrever. Está no topo dela, inclusive. Ultimamente percebi que isso me dá uma enorme prazer, não é só isso, também me faz sentir vivo e livre com uma sensação única de ter encontrado algo verdadeiro dentro de mim. Simplesmente não posso desistir ou esquecer, faz parte da minha natureza pessoal, antes mesmo de ser capaz de perceber tal fato.

E o resto da lista? Falta muito para terminá-la, eu sei. Independente da sua quantidade de itens tais como ``os dez mais`` ou coisa assim, torna-se necessário continuar essa busca de uma forma mais abrangente como, por exemplo, pensar em coisas não necessariamente ligadas a produção mas sim à atividades diferentes. Sendo assim, quem me conhece sabe que não posso em nenhum momento esquecer de mencionar o quanto amo ler histórias em quadrinhos, um universo de ficção ao qual sou apaixonado desde criança. Confesso manter essa paixão ainda agora nos meus vinte e tantos anos crente do preconceito de alguns infelizes contra esse meio de comunicação. Por mais que pareça ingênuo, não é maravilhoso ter um super-herói que admira e sempre acompanhar suas histórias. Eu escalo prédios, me balanço pela cidade e disparo teias acompanhado de uma sensação sem igual de adrenalina, isso contar na vontade sem fim de gritar: ``Uhuuuuuuuuuuuuuuu``. Assim como o Homem-Aranha.

Minhas paixões não se limitam a isso. Ainda há o cinema, essa caixa magia dotada do poder de projetar mundos, realidades onde vivem extraterrestres, caubóis, viajantes do tempo, além de uma infinidade de personagens românticos, dramáticos e hilários. É um mundo parecido com o das HQs, igualmente apaixonante como elas e com o poder de nos fazer sonhar com cada cena que estiver diante do nossos olhos. Seria injusto da  minha parte não citar alguns filmes marcantes, sabe, daqueles que vez ou outra dá vontade de rever sem medo de parecer idiota, como já me disseram certa vez. Sou fã da trilogia ``De volta para o futuro``, gosto muito de filmes como ``Efeito Borboleta``, ``A máscara da ilusão``, ``O segredo de Neverwas``, entre tantos outros que se eu fosse citar aumentaria por demais esse parágrafo. A ficção tem lugar especial no meu coração, tanto no que diz respeito ao cinema e as histórias em quadrinhos. Também não me esqueço do prazer e da emoção de ter conhecido a poesia de Manuel Bandeira ou ler livros como  ``Othelo`` de William Shakeaspeare, ``Memórias póstumas de Brás Cubas`` e o ``Alienista`` de Machado de Assis, ``As aventuras de Tom Sawyer`` `de Mark Twain e ``Ensaio sobre
a Cegueira`` de José Saramago. 

Pois é, a lista criou sub-listas das coisas que gosto e gostei de ter feito nessa vida e olha que mal comecei a falar de música, ainda mais eu, um cara que até onde sei nunca enjoou de ouvir os cds do Capital Inicial, depois de conhecer o Acústico MTV, e da banda Nickelback. Falando em acústico e bandas americanas, não dá para esquecer de uma que curto muito: The Corrs. Todo mundo tem aqueles momentos em que precisa curtir um som para se distrair e se divertir cantando. No meu caso, são exatamente essas bandas que escolho ouvir, algumas mais outras menos, isso não vem ao caso.

Acho que essa lista tem a minha cara já e, mesmo faltando muita coisa, é fundamental falar de mais um item que também faz meu coração bater mais forte e alegre. Trata-se da profissão-paixão chamada jornalismo, essa escolhida anos atrás. Sem dúvida, esse é um caminho do qual eu mais me orgulho de ter trilhado. Mesmo com tantos obstáculos para tornar os meus sonhos de repórter realidade, eu luto com as forças que tenho para torná-los realidade algum dia. Acredito ter tido a dosa certa de vivência nessa área para ter a certeza do quanto amo essa aventura que é buscar informação, interpretar a realidade e através da escrita compartilhá-la com o público podendo ser lido por uma quantidade de pessoas desconhecidas ou não. Aprendi por conta própria ao conhecer minha natureza pessoal que escrever para mim é igual a respirar, sabe, uma necessidade e um vontade que não podem ser paradas mesmo que eu queira ou tente. E olhe que já tentei. Sendo jornalista, aplica-se o mesmo conceito, ainda não sei se com a mesma intensidade e isso é algo que preciso viver para ter certeza.

Enfim, não pretendo tornar esse texto tão pessoal, no entanto a reflexão que me levou a começar uma lista assim é imprevisível e não levou em conta regras sobre como o que eu deveria falar primeiro ou não. A ordem do fator não altera o produto quando se trata das coisas que fazem o coração sorrir e bater forte pulsando a sua verdade. Isso é a minha cara, assim como uma infinidade de coisas cuja citação seria algo pequeno demais para caber numa lista.  




Selos...e


Esse selo recebi da minha amiga Lu, do blog Ser Irreverente

Obrigado por toda força e apoio que tem dado ao OR desde o começo, estamos ai....
Repasso este selo para os seguintes blogs:

e....selos



















Gostaria de agradecer a amiga Viviane Righi
pelos selos e reconhecimento. Foi uma grata surpresa ter conhecido o blog dela, gostei muito e recomendo a todos vocês. Em tempo, repasso os selos para:
Louise, do Rosas Inglesas





04 janeiro 2009

Papo de nerd saudosista





Essa pode até ser uma reflexão voltada para os fãs de história em quadrinhos, principalmente para os mais antigos. A minha motivação para escrever sobre isso nasceu de uma surpresa que tive esses dias ao chegar em casa e dar de cara com vários quadrinhos antigos (não curto o termo gibi) emprestados por um vizinho. Antigões mesmos, se me permitem o neologismo, visto que todos (ou quase) datam dos nos de 1970 e lá vai bolinha quando nem mesmo este autor era em nascido. Estou lendo aos poucos para curtir e apreciar esses pedaços valiosos do passado da nona arte.

Mesmo não tendo a oportunidade de ler cada uma dessas edições na época em que foram lançadas, é impossível para mim não me transportar para aquela época quando as histórias eram tão mais simples, divertidas e os heróis não precisam de nenhuma reviravolta cósmica caça-níquel para deixar tudo mais interessante e assim vender mais. Falo isso como critica as grandes editoras Marvel e DC comics, ambas cada vez mais especializadas em mega-eventos que ``revolucionam`` o universo do seus personagens, isso, é claro, pelo menos até o próximo mega-evento, que normalmente acontece num curto espaço de tempo.

Tudo bem, entendo que os tempos são outros e que até mesmo os personagens precisam passar por uma evolução. Mesmo assim, é tão interessante ver, por exemplo, o Quarteto fantástico fazendo de tudo para impedir o fim do mundo pelas mãos de Galactus, o devorador de mundos, ao lado do seu fiel arauto, o Surfista Prateado. Ou então, ver Peter Parker se esforçando para resolver seus problemas pessoais (de todos os tipos) e financeiros e ainda assim salvar pessoas que pouco reconhecem seu valor como herói. E o que dizer das aventuras do demônio destemido na cozinhado inferno? Não sabem quem é? É o Demolidor. Ah, mas não dá para esquecer de citar mais dois heróis clássicos (entre tantos) nesse parágrafo como o sentinela da liberdade Capitão América e o seu parceiro Bucky lutando contra o Caveira Vermelha e o monstro verde que ficava cada vez mais forte quando se enfurecia, sabe, aquele atingido por raios gama, o incrível Hulk.

Se você, leitor, conhece quadrinhos já deve ter percebido que todos os exemplos citados são de super-heróis apenas da Marvel Comics. Pois é, ainda não tive a oportunidade de ler as aventuras mais antigas de Superman, Batman, Mulher-Maravilha e cia. No entanto, a oportunidade de ler apenas histórias da editora que já desde aquela época ficou conhecida como a Casa das Idéias é maravilhosa. Não é toa que esse tipo de material mais clássico seja sempre lido e relido, mesmo não sendo tão antigo, por todo tipo de leitor indepentende de idade. Hoje em dia a qualidade caiu muito, assim como os preços subiram diminuindo cada vez mais o acesso dos leitores. Fora isso, tem as grandes sagas (como já citei antes) que prometem tudo até segunda ordem, afinal, certas mudanças drásticas podem ser feitas num passe de mágica como se todo o resto não tivesse acontecido. Exemplos recentes como a mudança radical feita nas histórias do Homem Aranha ilustram perfeitamente isso.

Com esse post, eu não pretendo dar uma de saudosista pessimista. Leio há muito tempo e continuarei lendo, pois não dá para generalizar e dizer que todas as histórias são ruins e nada tem salvação. Mas é tão legal ler o passado nessas histórias antigas e ver como era boa aquela época em que não precisa de nenhuma guerra secreta, civil ou invasão alienígena para tornar tudo mais interessante. Tudo era legal do jeito que era, sem tirar nem por. Infelizmente, o supervilão conhecido como sistema capitalista, já existente naquela época, veio e aos poucos contribuiu para aumentar a ganância de editores malucos.


03 janeiro 2009

Observações sobre comunicação



É no mínimo curioso o fato de eu ter decidido escrever este texto que você está lendo, caro leitor, pois segundo o histórico da minha vida blogueira isso faz parte dos motivos que me incentivaram a entrar nela. Explico: desde a época da faculdade de jornalismo, talvez até antes dela, o autor deste blog possuía uma singular admiração e curiosidade a respeito do processo comunicacional: emissor-mensagem - receptor. É claro que, para ser mais exato e especifico, não posso esquecer do item ``processamento`` dentro desse processo. Adoro refletir e entender como se resolve à questão da recepção de uma mensagem, não é toa isso ter sido dos motivos principais para a minha decisão de criar de um blog. O resto é história.

Como bom observador de comunicação (gosto de me definir assim) é possível perceber casos muito interessantes como, por exemplo, os de ruído de comunicação. Uma mesma mensagem, independente do seu conteúdo, pode ser facilmente assimilada por um outro, mas nem tanto pelo outro. O processamento da mesma varia de pessoa para a pessoa, entre outros fatores específicos de cada caso. Ainda há o fato de que nem sempre a recepção é a mesma. O que é límpido e claro como água para você pode não ser tão cristalino para mim. Em casos como esses, sempre observei que no processo complexo da comunicação, é necessário que o emissor adapte sua linguagem de acordo com seu receptor. É uma possibilidade como tantas outras para resolver esse ruído.

Outro tipo de caso que já me peguei observando é sobre a reação de cada receptor para uma mensagem. Usando como exemplo certas piadinhas e/ou brincadeiras, feitas com o intuito de descontrair o ambiente, dá para perceber que nem sempre todo mundo leva isso numa boa. Para o (a) comediante, o conteúdo da sua fala não é, aparentemente, feito com o intuito de ofender, humilhar e magoar. Mas como saber qual é a sensibilidade de cada um e qual é limite certo é o mesmo que aprender a andar em uma trilha de ovos. Nenhum emissor é perfeito, nem mesmo o receptor. Isso todos sabemos. Faz parte de um aprendizado na relação com o outro.

Isso me faz pensar naqueles tipos de pessoas que adoram bater no peito e dizer com todas as letras que não tem ``favas na língua``, ou seja, dizem o que pensam simplesmente. E muitas vezes o fazem sem pensar com a desculpa de ``Eu sou assim`` e ponto final. Admiro mesmo que tem a ousadia e coragem de ser assim na sua atitude para com o mundo. É uma forma de abertura saudável e ao mesmo tempo perigosa, caso a pessoa não tenha defesas quando se encontrar em situações em que não dá para simplesmente retirar o que disse ou varrer a sujeira para debaixo do tapete. Outro tipo que se encaixa nesse sentido é de receptores que processam e concluem rápido demais, algo irritante e, infelizmente inevitável nos dias de hoje. Por causa disso, existem tantos e tantos ruídos de comunicação mais conhecidos como desentendimentos.

Tudo tem seu lado positivo e negativo nessa vida. Palavras podem machucar muito receptor e emissor, provavelmente em intensidades diferentes. Vale lembrar que os papéis não sempre os mesmos e que, portanto, somos todos emissores e receptores. Afinal, comunicação é uma troca constante de mensagens sejam elas quais forem. Aprender como usá-las é, ao meu ver, tão importante quanto o uso delas. Não custa nada e nem tira pedaço parar e pensar um pouco no que dizer assim como não é nenhum grande sacrifício para alguém ter a iniciativa de se colocar no lugar de quem recebe a mensagem. Posso estar sendo exagerado ou analítico demais dizendo isso, o que não me faz mudar de idéia nem um pouco, mas evitar que certos erros comunicacionais ocorram é importante nessa troca chamada comunicação.
  

Um dia a mais





Mais um ano acabou e, mesmo sendo inevitável, devo fazer uso do velho clichê de ciclos que se encerram para inicio de outros. Com a chegada de um novo tempo vem a reflexão de tudo o que se passou nos doze meses do ano anterior, esse ainda tão vivo em nossas memórias. Mesmo parecendo inocente, eu, assim como tantas outras pessoas, me pego tendo as esperanças de sempre, todas relacionadas a algum tipo de mudança benéfica.

Já dizia o ditado: ``Hoje é o primeiro dia do resto de nossas vidas``. Um dia a mais diante dos nossos olhos ao abrir a janela do quarto para se deparar com um novo amanhecer explodindo em vida. É nesse começo de história que começamos a fazer para nós mesmos as promessas as quais tentaremos cumprir, sejam elas possíveis ou não. Prova disso são os muito pedidos e desejos feitos na frente do mar, pulando sete ondas, ou no brinde entre amigos e familiares durante os minutos que antecedem a virada de ano.

Não há mal algum em ter esperança no coração, desejar dias melhores para sempre e sonhar com outro mundo possível.  Sempre estamos em busca de alguma coisa para realizar, como casar, ter filhos, um emprego melhor, resolver problemas pessoais e/ou familiares ou ver pronto aquele tão sonhado projeto que há tanto tem sido adiado. Será uma questão de tempo ver se isso tudo vai se tornar realidade ou não, mas a necessidade de buscar a mudança é sempre saudável. Procuramos avaliar o passado recente fazendo uma retrospectiva pessoal em que se separa os momentos bons dos ruins. Mesmo para as pessoas cujo otimismo não tem andando nada bom é possível enxergar pontos positivos e até agradecer por eles. Digo isso, pois ser otimista é um sentimento, um estado de espírito necessário para não esmorecer diante dos obstáculos que vida irá impor no dia-a-dia. Cada vez mais observo pessoas negativas em relação a si mesmas e ao mundo, sempre tão violento e decepcionante.

Lidar com a negatividade nem sempre é fácil e rápido. A tarefa ganha mais níveis de dificuldade quando o foco e a mentalização em acontecimentos ou coisas ruins torna-se um vicio (involuntário em muitos casos) perigoso. Por isso, escolher como você vai encarar o começo de uma nova etapa em sua vida é fundamental para que toda a energia de comemoração e esperança, essa presente muitas vezes logo após a virada do ano, não se perca assim como um amanhecer do dia que começa de forma bonita com as luzes do sol brilhando o inicio de um dia a mais.