15 maio 2009

A cultura nerd


 

Nossa, pela primeira vez em que começo a escrever um texto me dou conta do quanto o assunto que vou abordar é legal, além, é claro, da identificação com o mesmo. Outro motivo para expressar surpresa é pesquisar sobre a cultura e ramificações de um grupo (ou seria tribo urbana?) conhecido pela alcunha de nerds. Segundo informações disponibilizadas neste link do site da Wikipédia , este termo muitas vezes descreve, de forma estereotipada, uma pessoa que exerce intensas atividades intelectuais mas que possui pouca ou nenhuma integração social. Como disse antes, os nerds possuem suas ramificações, ou seja, sub-grupos que existem de acordo com alguma característica acentuada, como alguma predileção por um tipo de entretenimento ou atividade.

Antes de começar a falar de alguns desses tipos de nerds (alguns, afinal são tantos) faço questão de apresentar o motivo inicial para abordar esse tipo tão diferente de pessoa. Fui assistir no dia da estréia ao filme ``Star Trek`` que, para quem não sabe ainda, é uma forma de renovar uma das maiores séries de sucesso já conhecida tanto no cinema como na televisão. E é também responsável por ter uma legião de fãs por vários cantos do mundo. Mesmo sendo novo nesse universo, e não considerando um trekker obviamente, pude entender o porque do sucesso da série que foi ``onde nenhum homem jamais esteve``.

Introdução, ou melhor, introduções à parte, vou falar sobre as formas como se dividem os nerds, algo que vai desde o já mencionada interesse pela atividade intelectual até o gosto por certos tipos de entretenimento como a leitura de histórias em quadrinhos, por exemplo. Claro que nem todos os leitores são nerds por tabela e, sim, aqueles mais aficionados e até fervorosos que conhecem de tudo sobre seu personagem favorito. Acho que me encaixo nesse grupo, afinal, me considero um fã do cabeça-de-teia, o qual julgo ser o maior e melhor herói já criado. Tá ok, eu sei, há controvérsias, mas fã é fã. E o Homem-aranha certamente têm muitos. Aliás, um detalhe curioso é o fato do de Peter Parker, o homem por trás da máscara do aracnídeo, é também um nerd, o que certamente atraiu muitos desses a gostar do herói e ter uma identificação com o mesmo.

Nerdices à parte, vamos aos próximos...e um outro que não pode faltar são aqueles que curtem jogos seja de videogames, computadores, RPG, entre muitos outros tipos. E sobre esses tipos nerds, rotulados como ``Gamers`` ou ``RPGistas``, por exemplo, tem algo muito em comum com outras de suas divisões. Trata-se do interesse por coisas que mexem com a imaginação e a façam voar sem limites de tempo e espaço.

Atualmente, a idéia do que é ser nerd parece estar mudando, ou pelo menos se expandindo. Prova disso é o fato de muitas diversões, consideradas apenas para nerds, ganharam e ganham cada vez mais espaço numa cultura mais popular. Filmes que adaptam histórias em quadrinho são um exemplo disso, assim como o sucesso de bilheteria de obras muito conhecidas e admiradas por nerds, como, apenas para citar alguns, ``Senhor dos Anéis`` e ``Harry Potter``. Provavelmente ainda exista, afinal, tem tanta gente por ai de mente pequena que não sabe aceitar o diferente de forma natural. No entanto, não é tão grande como antes a ponto de tornar os nerds pessoas solitárias, aumentando ainda mais a dificuldades desses em se adaptar socialmente.

Enfim, não pretendia me estender tanto em um tema nesse blog, mas como vocês podem perceber, há certamente um prazer latente no autor desse texto ao abordar essa cultura nerd que admiro tanto. Falando nisso, nada impede que futuramente escreva mais a respeito disso em outros textos abordando mais especificamente os sub-grupos citados. Vida longa e próspera a todos os nerds. 

03 maio 2009

Um por todos e todos por....



Recentemente tive a oportunidade certa para refletir bastante sobre o que realmente significa essa coisa chamada espírito de equipe e se isso realmente existe ou não. E para ter como ponto de partida na abordagem desse assunto, que é um desafio para mim pensei em equipes reais e fictícias para usar como exemplo. Bom, tendo em vista minha predileção por exemplos na cultura pop, muitas vezes de história em quadrinhos e desenhos animados, escolhi usar como exemplo o grupo de super-heróis Vingadores, da editora norte-americana Marvel Comics.

No inicio da década de 1960, em um dia como nenhum outro os quadrinhistas Stan Lee e Jack Kirby uniram forças para criar um grupo com os maiores super-heróis da editora. Nesse dia, nasceu o grupo que foi formado inicialmente pelos seguintes integrantes: Homem de ferro, Gigante, Hulk, Vespa e Thor. Algumas edições depois, essa formação contou com a ilustre presença daquele que mais tarde se tornaria o líder natural do grupo: o Capitão América.

Bom, introduções a parte, vale a pena ressaltar mais um detalhe da história desses personagens que individualmente sempre foram capazes de grandes atos heróicos. Inicialmente, houve dificuldades quanto ao entrosamento entre cada um desses superseres com personalidades e habilidades totalmente distintas. O que leva a pensar em um dos conceitos de equipe, que essa nada mais é do que a soma de habilidades individuais em harmonia para alcançar um objetivo comum: a vitória.

Assim como acontece no mercado de trabalho, para uma equipe se unir é necessário cada integrante se conhecer. Por isso, é muito necessária a presença de um personagem muito importante: o líder. Esse, por sua vez, precisa ter entre suas habilidades a capacidade de enxergar o potencial de cada um e como trabalhá-lo com o objetivo de fazer sua equipe alcançar o resultado final. Nesse ambiente entra em ação um elemento diferencial e decisivo chamado motivação.

É de conhecimento de muitos lideres que equipes motivadas certamente têm grandes chances de vencer nesse mundo competitivo. É claro que quando o assunto competitividade vem à tona, tudo muda, inclusive fato dessa ser usado para motivar individualmente. Nesse sentido, como então trabalhar valores como companheirismo se indivíduos tem suas preocupações voltadas para o próprio umbigo quando deveriam pensar no todo? Isso é algo que gostaria muito de entender. Pois é exatamente esse tipo de dilema que tento decifrar ao perceber pessoas mais preocupadas em encontrar culpados por uma derrota do que usar isso como lição para ajudar quem erra a aprender e crescer individualmente. Infelizmente, estamos na era do ``se vira e levanta, temos uma meta para bater`` e da culpa individual.

Enfim, encerro essa minha longa reflexão com a convicção de que fazer parte de uma equipe trata-se de algo muito maior do que pessoas unidas com o intuito de ``bater`` metas apenas. Para mim, é uma oportunidade para trabalhar valores humanos que às vezes acabam sendo esquecidos em detrimento do objetivo comum como se as pessoas que integram equipes fossem robôs que precisam rodar sua programação.