28 fevereiro 2010

Universos Paralelos





Há tempos venho refletindo sobre um tema que pode ser considerado abstrato, mas que se sustenta em teorias sobre o tempo e o espaço. Trata-se da existência de realidades paralelas a nossa e, antes que possa ser chamado de louco ou coisa parecida, quero deixar bem claro que enquanto não tenho conhecimentos mais aprofundados e uma base sólida em termos de teoria não pretendo defender as possibilidades acima apresentadas e, sim, utilizar isso como um interessante exercício de imaginação sobre a vida e o que fazemos dela. Entre as várias hipóteses que devem existir, uma delas certamente merece destaque. Conhecida como Déjà vu, essa sensação é normalmente descrita como aquela possível lembrança de ter visto ou vivido como alguma coisa já vivenciada anteriormente. Acredito que qualquer pessoa já tenha algum dia passado por isso sentindo uma certa estranheza e dúvida ao mesmo tempo.

Lembro de uma certa vez ter visto uma explicação curiosa em um seriado americano no qual um dos personagens teoriza a questão dessa sensação como sendo, na verdade, um reflexo do que foi visto rapidamente em uma realidade paralela, quase como uma espiada. Segundo ele, esse`outro lado`` se define por um outro caminho escolhido que, por sua vez, mudou o curso das ações de uma realidade onde tudo aconteceu de forma diferente, talvez contrária, a nossa. Como dito, existem outras hipóteses sobre realidades paralelas, muitas dessas podem ser conferidas através desse verbete da Wikipédia, por exemplo.

E você? Já se imaginou como seria isso também? Um mundo onde você decidiu ir pela esquerda ao invés da direta naquela rua onde aconteceu um acidente que poderia ter sido evitado e não foi? É claro que isso é um prato cheio para pessoas que adoram de vez em quando ter um nó na cabeça ao tentar imaginar as reais possibilidades de tudo isso. E para quem prefere apenas imaginar e refletir, deixando um pouco esse papo teórico de lado, torna-se interessante ver que isso nada mais é do que a clara representação da necessidade uma segunda chance. Afinal, não temos como prever quais serão as conseqüências de cada decisão tomada e muito menos voltar atrás e consertar o passado.

É preciso ter coragem e ousadia para sair do solo firme da certeza e caminhar pelo ``beco`` escuro do desconhecido que pode ser apenas a ``fachada`` para uma rua sem saída ou sem fim. E é esse caminho que muitos de nós nos pegamos refletindo como seria em suas formas. Afinal, de contas, como não se perguntar qual seria o rumo da própria vida se essa tivesse seguido um curso diferente. Dizem que uma pequena mudança pode causar um grande impacto e assim influenciar todo o restante de uma história.

Enfim, independente disso o tempo continua em seu ciclo normal tendo sua linha que nos separa do que é e do que poderia ter sido.