27 dezembro 2010

O fim de uma era na televisão brasileira



Certa vez escrevi sobre como a rotina programa a vida da gente de tal modo que nos sentimos como personagens de um filme ``atuando`` de acordo com um roteiro sempre igual. Acredito que o mesmo possa se dizer a respeito da nossa relação com a televisão, em especifico os programas de auditório que, por sua vez, tem como figura central o apresentador. Alguns deles estão há tanto tempo na televisão que a gente acaba se acostumando a eles como se fossem pessoas da nossa família. E isso não é uma afirmação minha somente. Lembro de há muitos anos atrás ter lido sobre isso na coluna da Xênia Bier.

Você se acostuma com bordões ou frases marcantes do tipo ``Quem quer dinheiroooooo``, ``Ô louco meu``, ``Loucura, loucura``, ``Domingooooooooooo legal`` ou então o jeito carinhoso de Hebe Camargo de dizer ``Gracinha``.  E é com uma certa sensação de estranheza que falo sobre ela neste post. Nunca fui um telespectador tão assíduo dela, mas confesso já assisti algumas vezes ao programa dela e gostei. E talvez por causa disso é que me sinta um pouco estranho por ter assistido agora a pouco o programa de despedida dela do SBT.

É fato que seu nome sempre será lembrado seja pela sua trajetória na emissora de Silvio Santos ou pelo marco histórico que ela representa por ter participado dos primeiros anos da televisão brasileira. Seu carisma, senso de humor único, criatividade e talento como comunicadora são algumas das várias qualidades que ela tem e que com certeza servem de lição para muitos colegas de profissão.

Particularmente, considero uma pena sua saída do SBT tendo em vista que uma parcela muito grande do seu público construiu sua identificação com ela através dos programas exibidos por lá. Afinal, não haveria lugar melhor no mundo para o encerramento da sua carreira. É claro que vendo pelo outro lado da moeda têm-se o fato de que as constantes trocas na grade de programação da emissora atrapalham e muito a oportunidade de se fazer um bom trabalho. É preciso tempo e paciência para que certas idéias dêem certo e que o público se acostume com elas. Também é igualmente fundamental saber ouvir o público sobre o que é legal, apropriado e interessante em determinada atração. Infelizmente, o que acontece é justamente o contrário. Uma guerra pela audiência que mais se parece um jogo estratégico em que não há escrúpulos a respeito e quais são as melhores cartas a serem usadas e nem quando usá-las.

Sem sombra de dúvida a vida televisiva desse nome tão importante dos meios de comunicação continuará brilhando aonde quer que vá mesmo que não seja da forma merecida. Afinal, sua história já está marcada em lugar cativo no imaginário televisivo.

25 dezembro 2010

A importância do reconhecimento



Tenho um blog desde a época da faculdade e, entre tantas idas e vindas, posso me considerar um vencedor por manter blogueiro assim até hoje. Confesso, o caminho nunca foi fácil, mas nem por causa disso deixou de ser prazeroso, divertido e interessante. Escrever é algo que amo fazer de uma forma que nem mesmo as palavras conseguem explicar por completo, o que é meio irônico por sinal. No entanto, uma característica que sempre tive desde o inicio foi a de sempre procurar por retorno. Não consigo escrever apenas e somente pra mim. Preciso fazer com que a minha ``voz`` nas palavras seja ouvida, passar uma mensagem e saber como você, meu amigo e estimado leitor, recebeu meus escritos.

Não sei se estou sendo ridículo expondo meus sentimentos dessa forma. A única certeza nesse post é que, assim como todos os outros, é tudo sincero o que digo, cada linha, em exceção. Confesso que a motivação para postar este desabafo é resultado de minha enorme vontade de agradecer a todos blogueiros e blogueiras que me apóiam e comentam neste blog. Alguns deles, em forma de reconhecimento e consideração, indicaram este blog para receber selos e mais selos.

Algumas pessoas nessa vida dizem que nada do que acontece é por acaso. Talvez não seja mesmo, ou melhor, talvez seja tudo uma questão de tempo para que cada coisa aconteça no momento certo, da mesma forma como ocorre com a natureza e suas estações do ano. Existem tantos e tantos blogs por ai na blogsfera que ainda não conhecemos. No entanto, é uma alegria quando encontramos em alguma comunidade virtual aquele blog de algum amigo ou amiga para comentar. Eu faço isso com o maior prazer mesmo que o blog amigo não seja o blog acima. Quem acessa os tópicos de comunidades do orkut sabe do que estou falando. Em outras palavras, é uma questão de afinidade, interesse e gosto pessoal por este ou aquele assunto ali postado ou no todo mesmo. Também é uma admiração pela escrita de qualidade, pelo estilo interativo e, em alguns casos, pelo conjunto da obra.

Bom, encerro aqui este post de desabafo e agradecimento fazendo uma homenagem para alguns blogs que conheci recentemente e que tenho gostado muito de visitar, comentar e ler cada post (não necessariamente nesse ordem, rs) seja esse recente ou não. Tal homenagem é inspirada em post de um dos homenageados. Espero que gostem J . Afinal, ser blogueiro é se lançar para desventuras inimagináveis contando um pouco de sua vida e seu mundo através da poesia mesmo que, pra isso, não seja necessário sair de sua toca, seja ela no Brasil ou no Japão.







Coleção de Selos

Receber selos é muito divertido (algo que vocês perceberão muito em breve) e também muito legal porque é sinal de algum blogueiro ou blogueiro lembra do seu blog, acessa e comenta porque realmente gosta do conteúdo que você posta. A sensação de felicidade é grande, afinal, é um sinal de que a sua voz está sendo realmente ouvida ao invés de produzir ecos solitários. Bom, depois de todo esse discurso, por assim dizer, de agradecimento, venho aqui postar a mais recente coleção de selos do blog Olhar Receptor que foi recebida por um parceiro e amigo nosso, o Kiko Lemo do Desventuras Inimagináveis. Para quem não conhece o blog de cara, aproveite agora o link neste post e conheça um ótimo espaço de cultura e informação no melhor estilo blogueiro de qualidade. Bom, a seguir, repasso todos os selos abaixo para todos os blogs que mais tenho visitado recentemente e comentado com o maior prazer. O acesso a cada deles vale não só o link como também vários retornos. 









Sou louco, rsrsrs

















Como diria o amigo Kiko, favor levar na esportiva este selo, rsrsrs





Sei que muitos já receberam esses selos acima, mas mesmo assim prefiro utilizá-los como forma de reconhecimento e homenagem a blogs que gosto muito. 
É isso ai. 
Um Feliz Natal a todos vocês. 

Selos NeoWellblog

O meu amigo Wellington do NeoWellblog me indicou para os selos Beautiful Blogger e Selo de Qualidade. Agradeço e fico muito feliz pelo reconhecimento. Bom, seguem respectivamente aqui as  regras de cada selo recebido:


Precisa ser indicado por alguém que recebeu. 
Quem recebeu precisa indicar de 5 a 15 blogs que não possui tais selos. 
Publicar os selos em um post e avisar aos indicados. 


Repassar o selo para dez blogs. 
Avisar cada blogueiro indicado. 
Falar dez coisas sobre você. 

Blogs indicados:


Sobre as 10 coisas sobre mim, eu resolvi fazer diferente tendo em vista que o Olhar Receptor é um blog feito por duas pessoas: Eu e a minha namorada Adilean. Sendo assim, pedi a ela que escrevesse cinco coisas sobre mim e eu escrevi cinco sobre ela. Vamos lá:

cinco coisas sobre Adilean:
 - É a melhor namorada do mundo
- Tem um senso de humor incrivel
- É uma das pessoas mais honestas que conheço
- É linda
- E me faz um bem enorme

cinco sobre Marcus:
Você é carinhoso.
Você me torna pacífica.
Você é responsável.
Você é lindo.
E o que mais gosto é do seu jeitinho manhoso (rs)




Primeiramente, peço desculpas pelos blogs que já receberam estes selos antes por outros blogs da lista mas, felizmente, percebi que temos amigos em comum e eu gosto muito de cada blog indicado também. Então, é isso, parabéns a todos pelo ótimo trabalho que desenvolvem em seus blogs que fazem com que cada visita sempre valha a pena.

20 dezembro 2010

Influências: Qual é a sua? - parte 2


Bom, dando continuidade ao post que publiquei no sábado resolvi falar agora sobre as minhas influências na escrita. Antes de decidir sobre a abordagem neste texto eu ainda não tinha pensado claramente sobre o que realmente me influencia na hora de escrever. Na verdade, é uma pergunta sem uma resposta 100 % exata. E isso acontece por que sou uma pessoa que pensa e reflete muito sobre diversos assuntos. Alguns simplesmente aparecem e ficam ali rondando a minha mente enquanto outros surgem a partir de  uma idéia que depois é desenvolvida e finalizada quando for a hora certa. Claro que nada disso seria possível se não houvesse alguma base para a minha escrita.

Por exemplo, antes de entrar na faculdade, eu já tinha um pequeno hábito de escrever por conta própria mesmo sem ter exatamente um espaço certo para publicar como um blog. No entanto, o meu jeito de escrever ganhou contornos justamente na vida universitária. Era óbvio então que precisava aprender formas para ter um estilo objetivo, claro e conciso tendo em vista o curso escolhido (jornalismo) e, portanto, a natureza da profissão.

Lembro até hoje que um ponto determinante foi quando aprendi a técnica do lead. Para quem não sabe, esse termo é comum na profissão e se refere sobre a forma o primeiro parágrafo jornalístico se estrutura respondendo seis perguntas básicas: o que, quem, quando, como, onde e por quê. Hoje em dia, essa regra não é algo seguido tão a risca quanto se imagina até porque muita coisa mudou desde quando essa técnica foi utilizada pela primeira vez. Mesmo assim, ela sempre foi muito útil pra mim na hora de estruturar meu texto, pois ajuda a quebrar a maior dificuldade que é começar o texto.

Tudo isso é como andar de bicicleta. Primeiro, você tem algum auxilio nas primeiras pedaladas, mas depois comece a andar sozinha e, porque não, fazer algumas manobras ousadas. E foi bem assim que me senti quando comecei a escrever em um blog. Ao meu ver, existe um abismo de diferenças entre o conteúdo que se produz para um blog e o de um texto jornalístico. Enquanto o primeiro é mais livre, leve e solto e nem sempre tem um compromisso com a informação, pois tem um leque bem maior de possibilidades, o segundo tem um foco bem diferente e impessoal. É importante ressaltar que apesar das diferenças esses dois ``mundos`` estão ligados de diversas formas e, por isso, acabam se relacionando e servindo de inspiração e interação um com o outro.

Enfim, encerro aqui mais uma reflexão sobre as minhas influências deixando o espaço para posteriormente aprofundar ainda mais essa questão em outros posts.  

19 dezembro 2010

Operação desapego




Caros leitores, hoje comecei a dar inicio a uma operação de desapego dos meus quadrinhos. É claro que isso não significa que deixarei de ser um amante da nona arte ou coisa do tipo. Muito pelo contrário. Aliás, detesto aquele pensamento de que quando um cara resolve fazer algo assim é porque deixou de ler histórias em quadrinhos e conseqüentemente cresceu, virou gente grande. Isso é ridículo e absurdo, pra dizer o mínimo. Bom, voltando ao assunto do dia, acho interessante destacar aqui qual foi a minha inspiração para tomar tal atitude pois apesar de ser uma vontade antiga, essa questão sempre batia na mesma tecla de sempre: o apego ao passado. Há muitas revistas, algumas em formatinho e outras mais recentes, que certamente marcaram boa parte da minha adolescência pelo tempo que reservava para a leitura de cada uma. No entanto, a grande maioria ficava ali na estante apenas guardada sem nunca voltar pra minhas mãos para uma releitura. Tudo mudou quando li esse artigo aqui publicado no site UniversoHQ.

Lendo esse artigo publicado ano passado, é fácil entender porque a falta de espaço para guardar quadrinhos é um dilema que vários fãs enfrentam em suas vidas. Talvez seja uma espécie de rito de passagem ou então um reflexo de um amor juvenil e verdadeiro. Só quem ama quadrinhos e não parou de ler mesmo depois dos 20 anos sabe do que estou falando neste texto. Infelizmente, por motivos variados, a coleção de muitos leitores nem sempre encontra um destino muito legal. 

Assim como foi sugerido por Marcelo Naranjo no artigo citado, algumas opções para resolver esse problema da falta de espaço são lugares como gibitecas e bibliotecas. Para quem mora na cidade de São Paulo, e pensa nessa possibilidade, existem as Gibitecas Sesi e Henfil onde você pode doar sua coleção, ou parte dela se preferir. É interessante que nesses locais você também pode se cadastrar gratuitamente para fazer empréstimos de algumas edições bem interessantes das mais variadas HQs. O mesmo pode ser dito da Biblioteca Viriato Corrêa, localizada próximo ao metro Vila Mariana.


Outra opção são os vários sebos que existem no centro da cidade. São ótimos locais no qual se é possível trocar e vender quadrinhos. Desse modo, além de obter mais espaço ainda se tem à oportunidade de conseguir edições antigas de quadrinhos. Isso sem falar na oportunidade que você acaba dando para que outros leitores possam ler essas mesmas revistas que um dia foram suas.



Enfim, apesar de todo o trabalho que deu organizar e separar tudo ainda fui recompensado com uma pequena, porém incomoda, dor na coluna, rs. De qualquer modo, não me desfiz de TODA a minha coleção até porque tem muita coisa que merece continuar ali guardada com carinho.   

18 dezembro 2010

Influências: Qual é a sua? - parte 1



Já havia comentado em um texto intitulado A química das relações sobre como reagimos com determinados tipos de pessoas em ambientes e/ou situações diferentes. Hoje, lembrando da idéia que me levou escrever aquilo e indo mais além resolvi estender o assunto para um detalhe que julgo ser muito importante para a vida em sociedade: as influências. Você pode até achar estranho uma afirmação como essa, caso pense que está imune a qualquer tipo de influência do dia-a-dia, mas o interessante é que a partir do momento que cada um de nós saímos de nossas casas para viver a vida lá fora, seja para trabalhar, sair com os amigos ou qualquer outra situação que envolva comunicação com o outro, estamos sujeito a um sem-número de possibilidades de interação direta e indireta. Não é só a forma como a minha, a sua, a nossa cabeça é feita por causa das mais variadas vozes como também o que podemos filtrar disso tudo.

Acredito que um dos melhores tipos de relacionamento que existe é aquele em que as pessoas são bem diferentes uma da outra, praticamente opostas, como se fosse impossível para que convivessem em harmonia ou então até ter algum tipo de troca de experiências. No entanto, a vida é engraçada e, em sua ironia, acabamos descobrindo que é com essas pessoas com quem mais aprendemos e crescemos como um todo. Já dizia uma prima: ``Imagine como seria chato se todos fossem exatamente iguais``. Eu concordo, afinal, a diversidade traz consigo um presente maravilhoso chamado oportunidade. É só aproveitar e viver.

Se há algo que aprendi de muito valioso nesses últimos anos é que estamos sempre abertos ao que está acontecendo no mundo ao nosso redor, seja apenas observando as pessoas, andando por ai e ouvindo, sem querer, conversas alheias ou até mesmo lendo superficialmente as manchetes nas capas dos jornais. Você pode até tentar se alienar e procurar uma escapatória. No entanto, a realidade continua ali. Isso é fato. Também é factual que existem as influências positivas e negativas, mesmo quando se há dificuldade em identificá-las.

Apesar de tudo, não é nenhum bicho de sete cabeças fazer um filtro de todo tipo de mensagem que é recebida pelos diferentes meios. Isso é importante até porque no meio de toda essa história existe a sua personalidade, quem é você de verdade. No final, é a sua voz que decide o que fica e o que sai.



Obs: Como vocês puderam perceber logo de cara, essa é apenas a primeira parte de alguns posts (ainda não defini quantos) sobre esse tema influências. Espero que tenham gostado e voltem para acompanhar a continuação que pretendo postar em breve.

14 dezembro 2010

Selo Blogueiro Show

Olá, bom , em primeiro lugar peço desculpas por demorar em publicar esses selos. Estava há um bom tempo sem blogar e acessar direito, além de uma certa dificuldade em escrever, mas de qualquer modo agradeço de coração o selo recebido pelo blogueiro Paulo Cheng do Jesus Christ Is The Rock .Ele é dono de um espaço na blogosfera muito interessante e que deve ser lido com muito atenção e respeito. Agora, faço questão de indicar mais 10 blogs que conheci recentemente e que, na minha opinião, fazem um trabalho show de bola em seus blogs:


http://www.tocadowilliam.com/
http://asveras.blogspot.com/
http://blogkawai2.blogspot.com/
http://neowellblog.wordpress.com/
http://barbaranonato.wordpress.com/
http://desventurasinimaginaveis.blogspot.com/
http://www.detudoumpoucominhaopiniao.blogspot.com/
http://soucalcanhardeaquiles.blogspot.com/
http://rafaelagodoy.blogspot.com/
http://ultramuito.blogspot.com/

12 dezembro 2010

A edição de amanhã




O que você faria se recebesse a edição de amanhã do jornal de sua cidade? Como seria a sua vida se tivesse a oportunidade de mudar os fatos antes deles acontecerem? Acredito que essas perguntas tenham respostas variadas, pois cada um pode ter uma idéia diferente do que faria se tivesse uma informação vinda do futuro todos os dias. É basicamente essa a idéia que resume o seriado Early Edition cujo personagem principal é o bom samaritano Gary Hobson, interpretado pelo ator Kyle Chandler. Ele é o dono do bar McGinty's e recebe todas os dias a edição do dia seguinte, acompanhada de um gato, de um dos principais jornais da cidade Chicago. Com as informações que recebe, ele procura evitar desastres, resolver problemas e salvar a vida das pessoas evitando assim que o pior aconteça.

Certamente também gostaria de poder fazer o bem as pessoas e assim fazer do mundo um lugar melhor. É claro que, assim como acontecia com alguns personagens da série, eu talvez ficaria com vontade de tirar proveito de alguma informação em beneficio próprio, mas assim perderia a oportunidade de conseguir algo por mérito próprio além do fato de que muitas vezes o que mais importa não é o resultado e sim a busca por ele. Se tem algo que aprendi nessa vida é que quando partimos em busca de um objetivo aprendemos com o processo dessa jornada. Caímos, nos machucamos, somos levados a desistir até antes de terminar. No entanto, o que seria da vitória senão fossem as dificuldades enfrentadas para se chegar a ela, não é mesmo?



Lembro que na época eu amava esse seriado por vários motivos. Era uma idéia tão simples, sem efeitos especiais ou coisas do tipo, que buscava mostrar como a vida de pessoas comuns, como eu e você, podia mudar se apenas algum evento fosse alterado. Desse modo, por exemplo, você tem a oportunidade de uma segunda chance, de viver a vida intensamente ou então de fazer algo significativo pela vida de alguém.

Elementos como viagens no tempo, realidades paralelas, efeito borboleta, entre outros, são temas recorrentes da ficção cientifica e muitos deles já foram e ainda são explorados em outros seriados e filmes tais como Fringe e a trilogia De volta para o futuro, apenas para citar alguns exemplos conhecidos. E mesmo que a série Early Edition não explorasse nenhum desses aspectos, pelo que me lembro, ela certamente ``mexia`´ com alguns deles ao seu modo. Afinal de contas, a partir do momento em que alguma pessoa era salva pelo ingênuo e atrapalhado Gary sua vida ganhava um novo contorno por assim dizer. Em alguns episódios, o personagem que era salvo por ele criava algum vinculo pessoal, seja de amizade ou interesse romântico como muitas vezes acontecia. Em outros casos, ele era alvo de investigações por parte de policiais e jornalistas.


Bom, encerro aqui a minha homenagem e reflexão a respeito desse seriado que certamente deixa saudades não só pra mim como para muitos pessoas que, como eu, acompanhavam as aventuras de personagens tão cativantes como Gary Hobson, Chuck Fisman, Marissa Clark e, por, último, mas não menos importante, o gato do Sr. Snow. E você, caro leitor, o que faria se recebesse hoje o jornal de amanhã?

05 dezembro 2010

Autor convidado: Wellington, do NeoWellBlog




Olá pessoal do blog Olhar Receptor, sou Wellington do NeoWellBlog e estou muito feliz por poder trocar de postagem com Marcus Vinícius, é uma experiência bem interessante e acho muito divertida.


Vou contar um pouco da minha experiência com o oriente. O oriente despertou meu interesse quando eu tinha 12 anos e no apartamento de uma tia eu assistia televisão próximo a Rede Manchete. Da janela do apartamento era possível ver o símbolo da emissora. Creio que desde pequeno a freqüência com que eu saia do interior de Minas Gerais e ia para o Rio de Janeiro me fez gostar de cidade grande. Quanto ao Rio eu queria conhecer a cidade, a história e a cultura, coisas que meu pai entendia muito bem e que minha mãe apoiava muito.

Os anos se passaram e eu comecei a gostar do Japão pois essa mesma tia tinha morado lá e meus amigos no terceiro colegial me faziam pensar no Japão. O curioso é que as pessoas diziam que eu tinha cara de ser inteligente e fã de Japão. Me mudando para Itajubá eu comecei a estudar com mais rigor o nihongo (idioma japonês) e me envolvi com muitos nisseis (netos de imigrantes japoneses) que são meus amigos até hoje. Contudo, quando vim para Itajubá conheci uma taiwanesa da família Cheng e quando eu a conheci pela primeira vez achei que era japonesa e levei meu caderno de nihongo para ela ver. Então descobri que ela era muito mais a China e além disso é professora de mandarin (idioma chinês). Conheci o marido dela, os filhos e quando dei por mim já estava em São José dos Campos – SP comendo a verdadeira comida taiwanesa, uma delícia e surpreendente em comparação com a comida brasileira que são bem distintas no preparo e no sabor.



Meus horizontes se abriram e desde então conheci pessoas da Coréia, da Índia, da China entre outros. Meu sonho é de estudar na Universidade de Tóquio e meus professores da Universidade Federal de Itajubá tem me apoiado e apontado suporte para isso.

Vamos então ao que nesses cinco anos de NeoWellBlog eu já cheguei a apresentar: Meu favorito é o Trem-Bala ou Shinkansen, pois eu o considero um sonho de consumo por poder andar em transporte público a mais de 400 km/h. MagLev é um trem que levita por magnetismo e também me fascina muito, eu preferiria andar no MagLev vermelho pois tem as cores do Japão. ...rsrsrs...

Tóquio e seus 23 bairros é algo que me chama muito a atenção e é onde eu possivelmente morarei.  Os bairros que acho mais interessantes são: Roppongi por causa das Roppongi Hills que são edifícils com muitos serviços aos quais podemos passar o dia e a noite entre compras, lanchonetes, cinemas, restaurantes, passeios e muitos outros entretenimentos inclusive karaokê; Ueno: devido aos belos parques que são ótimos para fazer pick-nick em baixo das belas árvores de cerejeiras; Harajuku: para tirar fotos com as meigas lolitas e com os impressionantes góticos; Akihabara: para fazer um upgrade nos aparelhos eletrônicos especialmente celulares e laptops além de tomar café com garçonetes servindo vestidas de bonecas.

A cultura do Japão é impressionante: a Cerimônia do Chá é algo que contei com detalhes. As quatro horas gastas com amigos para tomar chá é além da tradição um meio de manter-se jovem, equilibrado e com muito bom gosto. Os tipos de erva utilizada, os sinais para entrar e sair da sala de chá, a conversa no jardim próximo a fonte enquanto o anfitrião prepara os instrumentos da cerimônia são itens muito sofisticados e belos para confraternizar entre amigos mais próximos, e quiça mais ricos pois isso é para poucos. O ponto alto disso é o sorvete de chá verde ou matcha (抹茶) disponível a venda inclusive no Brasil chamado Green Ice Tea.



Vestimentas que me atraem muito são geta que é o tamanco ou “havaiana de pau” japonesa (...rsrsrs...) feito em madeira e a Yukata que é uma roupa parecida com Quimono só que mais casual, confortável, possível para dormir, usar após o banho como roupão ou até para sair com amigos e assistir a festivais como o de fogos de artifício (Hanabi).

Hoteís também são algo que eu gosto muito. Não procuraria os estabelecimentos ocidentais em Tóquio, mas sim os hotéis capsula e os hyokans que são mais tradicionais e muito belos. Tomaria banho na moda antiga japonesa nos onsen e sento que são banhos em águas quentes aquecidas pelos vulcões ativos do círculo de fogo do Oceano Pacífico, muito bons para saúde.

As músicas populares que eu ouço da Terra do Sol Nascente e que gosto muito são da rainha do pop nipônico Ayumi Hamasaki, da chamada pelos japoneses de erótica-chique Koda Kumi e da simpática e baladeira Utada Hikaru.

Outros lugares que levaria a galera para dar alguns passeios pelo Japão são: Okinawa pela semelhança com o Brasil, mas pela beleza natural única do lugar com belas praias, águas cristalinas e um clima maravilhoso. Osaka que é tomada por um povo alegre e muito receptivo lembrando a hospitalidade do povo brasileiro com os estrangeiros além de ser a capital antiga do Japão. E Hiroshima para o pessoal conhecer como é a cidade hoje depois da guerra, conhecer o monumento onde caiu a bomba nuclear que guarda um belo pássaro sagrado japonês chamado tsuru.

Se fossemos terminar nosso passeio, terminaríamos na Tokyo Tower para ver a cidade que não dorme anoitecer deixando no coração um sentimento de querer mais, de querer conhecer o Japão inteiro com a certeza de que seremos sempre bem recebidos por um feliz e amável irashaimasse!

Doomo arigatou a todos vocês e ao Marcus pela oportunidade!
Ja mata atode. じゃまたあとで。 Até breve!