23 janeiro 2011

Prioridades



Um consultor, especialista em "Gestão do Tempo", quis surpreender a platéia durante uma conferência. Tirou debaixo da mesa um frasco grande, de boca larga. Colocou-o sobre a mesa, ao lado de uma pilha de pedras do tamanho de um punho, e perguntou: "Quantas pedras vocês acham que cabem neste frasco?" Após algumas conjecturas dos presentes, o consultor começou a colocar as pedras, até encher o frasco. Perguntou então: "Está cheio?" Todos olharam para o frasco e disseram que sim. Em seguida, ele tirou um saco com pedrinhas bem pequenas debaixo da mesa. Colocou parte das pedrinhas dentro do frasco e o agitou. As pedrinhas penetraram pelos espaços encontrados entre as pedras grandes. O consultor sorriu, com ironia, e repetiu: "Está cheio?" Dessa vez os ouvintes duvidaram: "Talvez não..." "Muito bem!", exclamou o consultor, pousando sobre a mesa um saco de areia, que começou a despejar no frasco. A areia filtrava-se nos pequenos buracos deixados pelas pedras grandes e pelas pedrinhas. "Está cheio?", perguntou de novo. "Não!", exclamaram os ouvintes. Pegou então um jarro e começou a jogar água dentro do frasco, que absorvia a água, sem transbordar. Deu por encerrada a experiência e perguntou: "Bem, o que acabamos de demonstrar?" Um participante respondeu: "Que não importa o quão cheia está a nossa agenda, se quisermos, sempre conseguiremos fazer com que caibam outros compromissos". "Não!", concluiu o especialista, "o que esta lição nos ensina é que, se não colocamos as pedras grandes primeiro, nunca seremos capazes de colocá-las depois. E quais são as pedras grandes na nossa vida? É Deus, nossa família, nossa igreja, os amigos, nossos sonhos, nossa saúde. O resto é resto e encontrará o seu lugar".
(Revista UniJovem Ano XIX Nº 79, pg 18)

03 janeiro 2011

O primeiro vôo




Caros leitores é como muita alegria que compartilho como vocês hoje uma experiência recente: o meu primeiro vôo. Fico até sem palavras para descrever com detalhes, pois parte destes foram anotados e mantidos com o intuito de preservar a sensação de calor do momento que pretendo passar nessas próximas linhas.

Bom, tudo começou quando há exatamente um mês planejava minha viagem de final de ano. Assim como fiz antes aproveitei a oportunidade dada pelo calendário para visitar novamente minha namorada Adilean em Belo Horizonte, Minas Gerais. Acho que não preciso nem dizer o quanto cada segundo lá foi maravilhoso ao lado dela. E foi por causa dela que resolvi comprar uma passagem de avião, pois assim poderíamos ficar mais tempo juntos. Talvez, por sorte, tudo conspirou ao meu favor dessa vez mesmo que a sensação de que a ``ficha caiu`` tenha demorado bastante para chegar. Na verdade, só fui parar pra pensar nisso minutos antes quando já estava no aeroporto.

Infelizmente, mas nem tanto, houve um atraso no horário de partida. No entanto, não foi nada que pudesse estragar o meu dia que, por sinal, estava bem chuvoso por volta das 19h e pouco no aeroporto de Confins. Sabia que de uma forma ou de outra a minha oportunidade de vivenciar esse momento era iminente. Eu senti isso de alguma forma. É claro que nada mudou quando começaram a chamar os passageiros do vôo para o embarque. Nada a não ser o nível de ansiedade aumentado a cada instante. Sentimento esse aliado a uma imaginação fértida e alimentado por alguns filmes que, por sua vez, eram responsáveis por construir a imagem que tenho desse meio de transporte tão singular.

E como não podia deixar de ser, o grande momento chegou após alguns anúncios de segurança transmitidos pelas aeromoças e mais um período de espera. Não me recordo muito dessas cenas, pois para poder fazer o tempo passar mais rápido optei por ouvir algumas músicas no meu celular. Entre elas, estavam a trilha sonora do filme ``Across the Universe``. Bom, como ia dizendo, o avião estava começando a decolar e a cada minuto que ele avança sob a pista era um misto de curiosidade e ansiedade pura sem igual.

Nossa! Uau! Que legal! Essas são basicamente as expressões ditas por mim na frente da janela enquanto observava o solo se distanciando de nós. Era uma sensação nova e mágica, como se estivesse vivendo em um filme. Foi lindo ver aquele show de luzes cada vez mais distantes, mas que formavam uma espécie de constelação terrestre. O mesmo pode ser dito enquanto o avião sobrevoava a cidade de São Paulo, pois além do show visual havia também o contorno que a luminosidade fazia em torno de prédios, estradas e o que mais poderia ser identificado de longe. Enfim, valeu a pena cada detalhe dessa minha primeira vez vendo o mundo literalmente por um outro ângulo.