31 maio 2011

Um olhar sobre energias



Cada ser humano tem uma energia dentro de si. Ela provavelmente não tem cor, forma ou pode ser representada por qualquer som. No entanto, pode ser sentida. Talvez não seja algo que se explica de forma completa, pois se trata de algo intimo e particular. Em outras palavras, todos sentem a própria energia de um modo. Por outro lado, também é possível transmiti-la para quem está ao seu redor e, assim como numa comunicação verbal, essa transmissão envolve um processo de emissor-processamento de energia e receptor final. Claro que não precisa ser algo unilateral, afinal, a troca é uma possibilidade real.

Algo que acho bem curioso é sobre o efeito da energia de uma pessoa sobre a outra. Se ela é normalmente alegre, de bem com a vida, do tipo que não tem tempo ruim, certamente você se sentirá tocado com esse jeito. É contagioso e traz uma sensação de bem-estar. Talvez, se fosse escolher uma cor para representar isso, o amarelo seria uma opção interessante. Lembra o sol quando nasce, todo vibrante e forte banhando todos com sua luz.


Um outro caso seria a energia de uma pessoa calma, mas do tipo que pouco se vê hoje em dia. Alguém que sabe ouvir com respeito e que fala de forma suave como se não tivesse necessidade de arrancar as palavras para fora da própria boca. Acho que uma imagem que representa bem essa energia seria a de um mar azul claro cujas águas se movimentariam de forma natural, sem pedras sendo atingidas para provocar efeitos bruscos.

Dependendo da sua sensibilidade, a energia de uma pessoa provocará algum efeito em você, seja esse bom ou ruim. Pegue o exemplo de alguém que se irrita com facilidade, até mesmo com coisas pequenas. Uma hora ou outra, essa pessoa terá a necessidade de descarregar isso para aliviar e se sentir livre. O caminho mais fácil é o desabafo sem medição de palavras. Quando isso acontecer, é importante filtrar o que se ouve e não deixar que qualquer atitude sem noção te atinja a ponto de machucar pra valer. Não é fácil e precisa de um certo treino para amadurecer sua forma ``receber`` do outro. O poder da comunicação é muito grande. Quando usado sem responsabilidade e reflexão, pode cometer muitos danos como magoar pessoas ou desmotivá-las.
   
Na minha opinião, você consegue passar energias de várias formas. Enquanto alguns escolhem fazer isso através de suas atitudes, outros preferem meios mais introspectivos como a escrita, por exemplo. Ler é um ato solitário assim como escrever. Por esse motivo, a partir do momento em que o leitor ``recebe`` as palavras e reflete sobre elas, ele tem a oportunidade de se questionar e exercitar a própria imaginação. Gosto de imaginar que é como uma teia de aranha com o conceito do hiper-texto. Explico: a partir do momento em que se faz uma leitura, sua mente resgata outros assuntos relacionados ao tema principal como se tecesse uma teia com vários pontos que fazem parte de um todo.   

Enfim, energia é algo que pode ter várias formas e características. Possivelmente, existam detalhes que nem mesmo a melhor das palavras possa explicar por completo. Sendo assim, apenas registro aqui a minha visão desse tema que considero tão vasto e ao mesmo tempo complexo.

26 maio 2011

A energia da empolgação




Ela já começa com tudo e quando menos você se dá conta já está em seu corpo todo. É como um fogo que queima por dentro e agita você para fazer algo que gosta muito. Viciante de uma forma bem positiva, sua essência é representada pela animação. Talvez seja até impossível encontrar alguém nesse mundo que ainda não tenha se sentido assim na vida. Caso contrário, é questão de tempo até ser tomado pela energia da empolgação.

Basicamente, foi assim que aconteceu comigo: tive a grande oportunidade de conseguir escrever e publicar três textos na mesma semana. A sensação foi maravilhosa porque sempre tive a escrita como uma grande paixão e até mesmo uma necessidade. No entanto, aquele fato inédito não parou por ai e as semanas que se seguiram continuaram praticamente no mesmo ritmo. Por causa dessa empolgação, resolvi estabelecer uma meta inicial de pelo menos dois textos por semana. E por enquanto tem dado certo. Sempre fiquei contente quando conseguia pelo menos um, mas a partir do momento em que consegui passar desse número por mais de uma vez senti que era hora de ``mandar ver``.

Estou ciente, é claro, de que quantidade não é sinônimo de qualidade em todos os casos, assim como sei que o ideal para um resultado final agradável é que ambas sejam unidas como uma simbiose. Mesmo assim, a vida me lembrou que é sempre importante ter os pés no chão na hora de sonhar. Desse modo, certas dores são evitadas.

Quando olho pra trás, sinto orgulho das conquistas deste tempo recente. Para mim, é melhor ser levado por essa sensação como se estivesse nadando num mar muito agradável. Sorrir e deixar que a vibração permaneça ativa. Posso não ter respostas concretas sobre como e porque tudo isso ocorreu e, talvez, nem tenha interesse em procurá-las com vontade. O importante agora é curtir o momento com qualidade adquirida através da experiência. Afinal, já sei do que sou capaz e, por isso, não tenho motivos para me sentir mal quando não conseguir, pois escrever é apenas uma questão de tempo.   

23 maio 2011

Uma competição sadia seria utópica?

Javier Colon e Angela Wolf

Caros leitores, como já podem ter percebido, me tornei um grande fã e admirador confesso dos talentos do programa The Voice. Nem vou perder tempo dizendo que não é do meu costume falar do mesmo assunto mais de uma vez, até porque nesse ponto é impossível dizer o contrário. A verdade é que quando algo desperta minha atenção e me toca de alguma forma fica difícil não escrever nada a respeito, mesmo que só para registro do momento.

Agora, a bola da vez é a segunda fase do programa. Nela os candidatos que foram escolhidos por cada treinador terão que aprender a competir e trabalhar juntos ao mesmo tempo. Tudo isso acontece por causa do desafio de fazer um dueto cantando uma música escolhida cuidadosamente, sob alguns critérios, pelo treinador de cada time. E houve uma apresentação que realmente me encantou devido a sua doçura e beleza nas performances. Cantando ``Stand by me``,  Javier Colon e Angela Wolf realmente arrasaram com seus talentos.

Javier já havia surpreendido antes nas audições às cegas e obteve a façanha de ver todos os quatro jurados tendo suas cadeiras viradas para ele. Foi escolhido pelo vocalista do Marron 5 Adam Levine. Aparentemente, não foi uma escolha muito difícil, pois todos foram unânimes em concordar com o fato de que o talento dele é muito grande e bem lapidado, faltando alguns ajustes, é claro.

Angela não teve a mesma sorte no começo, porém foi abençoada com uma tão sonhada segunda chance para mostrar seu potencial. Foi escolhida e ganhou a última vaga no time de Adam. Imagino o quanto deve ter sido motivador para essa jovem cantora ter uma oportunidade como essa.



Mas então chegou o grande dia e os dois tiveram que competir no palco cantando a mesma música. No entanto, o que eu pude ver não foi exatamente uma competição daquelas em que um só falta pular no pescoço do outro sem se importar com as conseqüências. Muito pelo contrário, eles fizeram uma versão muito bela da canção cuja versão original é conhecida pela voz de ninguém menos do que John Lennon. Foi lindo de se ver e rever. De uma forma muito positiva, não parecia um duelo. Por isso, é uma pena que um dos dois tenha que sair e o outro ficar. E digo isso mesmo sendo um torcedor oficial de outra candidata.


Enfim, encerro aqui esse meu breve registro misturado com desabafo e reflexão com muita felicidade em ter encontrado algo tão inspirador como o programa The Voice. E torço para que a qualidade do programa esteja sempre em primeiro plano e que a competitividade seja apenas um item motivador para que todos dêem o seu melhor. Afinal, nunca se sabe quando um passo aqui pode indicar um outro caminho para um futuro possível até mesmo para quem sofre com a derrota.


Fiquem agora com o vídeo dessa bela apresentação:


19 maio 2011

#DESAFIOLITERARIO

Fui indicado para um desafio literário pela amiga blogueira Camila Araújo ( http://www.papel40kg.com/ )

Antes da minha participação, aviso que no final tem o convite para os próximos desafiados. Para participar, é só responder as perguntas em negrito. Lá vai a minha participação:


1 - Existe um livro que você leria e releria várias vezes?


Percy Jackson e o ladrão de raios, de Rick Riordan. Sei que é uma história recente, mas foi algo que me marcou muito por vários motivos. Rendeu até dois posts no meu blog. Até hoje não sei se foi a identificação, o interesse crescente por mitologia, a aventura ou até mesmo um conjunto de tudo que me levou a gostar tanto desse personagem tão querido. Pesa também o fato de que amo história em quadrinhos e o estilo de Rick Riordan casa bem com esse outro universo que sou tão familiarizado. É emocionante também porque mostra um herói de fácil identificação que se vê num mundo fantástico que só conhecia dos livros e aulas de histórias, assim como nós.

2 - Existe um livro que você começou a ler, parou, recomeçou, tentou e tentou, mas nunca conseguiu ler até o final?

Crepúsculo? rsrsrs. Pois é, tenho dois livros da série aqui em casa e ainda não consegui engatar a leitura. Fico até sem-graça, pois foi um presente de aniversário. Fazer o quê, né? Quando as palavras não te tocam muito, fica difícil.

3 - Se você escolhesse um livro para ler para o resto da sua vida, qual seria ele?

Fênix: renascendo das cinzas, de Daniel C. Luz. É um livro muito interessante que conta histórias de pessoas que superaram problemas pessoais, venceram obstáculos e renasceram para a vida apesar de tudo. Soma-se a isso o fato de que sempre me interessei pela história da ave que renasce das próprias cinzas. Essa idéia sempre foi como uma inspiração pra mim e, por isso, e pelas histórias que faria questão de ler esse livro a vida toda.

4 - Que livro você gostaria de ter lido, mas que, por algum motivo, nunca leu?

Pode parecer estranho, mas seriam mais livros na área de teoria e história do que necessariamente ficção. Entre eles destaco Os meios de comunicação como extensões do homem, de Marshall McLuhan, e O Poder do Mito, de Joseph Campbell. Acho que nunca me senti preparado o suficiente para autores como esses. Devia ter lido essas obras há muito tempo atrás.

5 - Qual livro que você leu cuja "cena final" você jamais conseguiu esquecer?

Primo Basílio, de Eça de Queiroz. Na verdade, não foi bem uma cena final em si mas sim um comentário que choca pela espontaneidade com que o Basílio se refere de forma machista a sua prima e ex-amante já falecida.

6 - Você tinha o hábito de ler quando criança? Se lia, qual tipo de leitura?

História em quadrinhos. Esse sempre foi o meu tipo de leitura favorito. Como todo bom brasileiro (rs) comecei com os gibis da Turma da Mônica, mas o tempo foi passando e acabei me interessando por outros personagens e universos. E tudo teve inicio com o meu herói favorito: o Homem-Aranha. Leio suas aventuras até hoje, assim como a de outros personagens no estilo super-herói. O meu amor por esse meio de comunicação foi sempre muito grande e verdadeiro. Por uma feliz coincidência do destino, tive algumas oportunidades na época da faculdade de unir essa paixão a outro meio de comunicação: cinema. Graças a isso, nasceu meu blog e posteriormente uma pesquisa de iniciação cientifica (que mais tarde também se tornaria meu TCC) falando da relação entre os dois meios.

7 - Qual o livro que você achou chato, mas ainda assim o leu até o final?

Infelizmente, não me lembro de nenhum. Talvez porque não consiga ler até o final algo que não me toque de alguma forma.


8 - Indique alguns dos seus livros favoritos

As aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain
1984 - George orwell
Ensaio sobre a cegueira - José Saramago
Percy Jackson e o ladrão de raios - Rick Riordan
Nunca desista dos seus sonhos - Augusto Cury
Desvendando os quadrinhos - Scott Mccloud
O herói e a feiticeira - Lia Neiva

9 - Qual livro você está lendo no momento?

A Herdeira do Silêncio. É o mais novo livro da minha amiga e blogueira Jenny Rugeroni. Com um estilo envolvente, ela conta a história de vida de uma mulher passando por diversas fases da sua vida tendo como pano de fundo o Brasil atual.

10 - Indique cinco blogueiros para o desafio literário


Agora é com vocês, aguardo curiosamente....

14 maio 2011

O impacto do incentivo




Normalmente, não costumo falar duas vezes sobre o mesmo assunto. Só que dessa vez é diferente. Vi algo no programa The Voice que me tocou. Trata-se da apresentação de uma cantora chamada Vicci Martinez. Sua música era ``Rolling in the deep``. Sua voz era forte e alcançava notas altas com facilidade e empolgação. E quanto mais os jurados demonstravam interesse pelo seu talento, ela continuava cada vez melhor.

Fiz questão de descrever esta cena, pois foi ela que deu a inspiração para escrever sobre incentivo. Quem é que nessa vida nunca se sentiu com uma força extra ao ser incentivado por alguém? E se esse alguém for uma pessoa que você admira? Melhor ainda, certo? Afinal, é maravilhoso quando você é reconhecido por algo que gosta e faz bem, assim como acontece de ganhar aquele empurrãozinho para continuar crescer. Coisas assim não há preço que pague.


Pelo que conheci da história de Vicci, vi que é uma garota que já sofreu na vida por problemas com a família. Soma-se a isso o fato de que o seu pai, um grande incentivador de seu talento, ter falecido há pouco tempo. `` Meu pai me disse para seguir meu coração, meu instinto, subir no palco é a minha vida. Quando você está confortável fazendo algo, então é isso que tem que fazer ``, diz a jovem a cantora. Talvez seja tudo isso que tenha contribuído para que ela fizesse uma apresentação de arrebentar e assim demonstrasse todo seu talento. Nunca me esqueço o momento no programa em que os jurados se viram para vê-la justamente na hora em que está cantando o refrão da música. É possível perceber sua alegria ao mesmo tempo em que tudo pega ``fogo`` no palco. Sensacional, torço por ela.

No entanto, de nada adianta continuar se mesmo com o reconhecimento não houver no interior de uma pessoa elementos como força de vontade, fé, determinação e a capacidade constante de sonhar. Com isso, é bem possível que a estrela do talento brilhe ainda mais. Mas, antes de qualquer coisa, é bom esclarecer que não tenho a receita do sucesso. Duvido até que ela exista de verdade. Afinal, o melhor conselho que pode se dar alguém sobre isso é que persiga os seus sonhos e nunca desista deles. Claro que vale a pena alertar que é um caminho árduo e doloroso cheio de negativas e pessoas sem coração no meio.

Acredito que seja necessário fazer muitas escolhas mesmo sem saber quais exatamente serão as conseqüências. Quando se abre uma porta, outras se fecham. Sem sombra de dúvida é algo inevitável, mas faz parte de uma jornada cuja maior recompensa é o amadurecimento que, por sua vez, tem como ``brinde`` uma energia pessoal que te tornará mais forte.

Agora vejam  o vídeo que inspirou o texto:




08 maio 2011

A voz

Vicci Martinez, uma das candidatas do programa.



Confesso que sempre gostei muito de programas musicais no qual cantores e até mesmo grupos anônimos tem que mostrar seus talentos para um grupo de jurados. Esse tipo de fórmula televisiva dá muito certo. Envolve uma mistura bem interessante de emoção, história de vida, curiosidade e, é claro, boa música. Já assisti Ídolos (na época do SBT), um pouco do Fama (Globo) e também algumas apresentações nos programas do Raul Gil. Fui mais além e busquei alguns vídeos no Youtube com clipes do Americanl Idol e The X Factor, mas hoje fui surpreendido com um programa muito interessante chamado The Voice.


Pelo que descobri, a idéia é inovadora, tendo como jurados 4 nomes bem conhecidos, de estilos diferentes, da música americana como jurados. Christina Aguilera, Cee Lo Green, Adam Levine (Maroon 5) e Blake Shelton escolherão seus candidatos sem poder vê-los e assim basearão a decisão apenas na voz. Enquanto cada candidato se apresenta no palco, eles tem a sua cadeira giratória virada primeiramente de costas para o mesmo enquanto esse (a) faz a sua apresentação. Se gostar, o jurado aperta um botão e a cadeira vira para que possa ver o rosto de quem escolheu. Se mais de um jurado apertar o botão, o candidato então terá que escolher quem irá ser seu treinador. Ou seja, é algo muito além dos programas citados já que esses jovens talentos terão a grande oportunidade de serem aperfeiçoados por músicos profissionais, alguns dos quais eles cresceram ouvindo, e assim terão seus talentos lapidados. O objetivo é encontrar a voz para ser o próximo sucesso a brilhar sob os holofotes. Não sem antes passar por muita competição ao lado de vários outros talentos, cada um tão diferente do outro.



Não vou detalhar mais do que isso, pois já falei o suficiente do programa, espero que o bastante para aguçar a curiosidade. Digo isso, pois estou ansioso para assistir as próximas atrações e acho mesmo, de coração, que vale muito a pena divulgar uma atração tão legal e diferenciada como essa. Afinal, depois de tanto tempo assistindo programas desse tipo, senti a vontade de encontrar algo novo. E o que mais me chamou atenção foi justamente essa parte de não poder ver o rosto da pessoa que canta. Querendo ou não, acho que muito dos jurados desses outros programas julgam o ``pacote`` por assim dizer e meio que esquecem do essencial. Claro que o figurino e aparência são elementos que compõem um artista pop e certamente são grandes chamativos para que esse continue brilhando. No entanto, o mundo está cheio de gente bonita e que se veste bem, mas que na hora de cantar é uma grande decepção. Posso citar nomes o dia inteiro, o seria uma grande perda de tempo, fora o fato de que não vou desrespeitar o gosto musical de niguém, pois acredito que gosto não se discute e devemos respeitar o de todo mundo.

Enfim, encerro aqui esse meu longo post de divulgação de um programa que faço questão de divulgar para vocês. Caso se interessem, é possível baixar as duas primeiras edições já exibidas pela NBC no site Amo Séries. Procurem na página inicial ou na parte de séries atuais pelo nome The Voice. Uma dica é utilizar o comando Control + F para facilitar a busca.

Agora, conheçam alguns dos candidatos da primeira fase:



06 maio 2011

Caminhos da memória

Imagem muito interessante postada neste site


A nossa memória é como um computador. Você pode lembrar de um fato marcante através de um comentário ou de uma situação relacionada com o mesmo. É como se automaticamente sua mente fizesse as conexões, assim como os links inseridos nas palavras de um texto publicado na web. Bom, essa é a forma como enxergo esse ``admirável mundo`` ainda não explorado totalmente pela ciência humana.

Particularmente, prefiro abordar sobre a importância das lembranças. Acho incrível como esquecer um simples detalhe pode fazer uma grande diferença no seu dia. Por exemplo, aquele dia que você sai de casa com pressa e esquece de levar o guarda-chuva. Resultado: nuvens carregadas com previsão de fortes pancadas e relâmpagos. Também é curioso quando estabelecemos uma conexão entre uma coisa e outra assim do nada. Lembrar um trecho de uma música durante o desabafo de uma pessoa ou citar aquela frase tão famosa de um pensador para poder aconselhar um amigo.

É fato que certas coisas dificilmente sairão da nossa memória, o que é positivo. Aliás, são elas que tornam a nossa história importante de um modo ou de outro. Quem é que não se lembra de sua primeira vez em qualquer situação, seja ela positiva ou negativa. Afinal, tudo deixa sua marca na gente. Nossa vida é como um livro diário que escrevemos a cada dia e as únicas páginas em branco são aquelas reservadas para o futuro. Podemos imaginá-lo e até moldar sua forma com base no passado, esse já registrado e, portanto, imutável.
Cena do filme Brilho Eterno de uma Mente sem Lembrança

Certa vez aprendi uma lição muito importante sobre os erros. Eles são inevitáveis, mas não podem te impedir de construir seu caminho. Ficar preso a eles é como viver no tempo em que foram cometidos e assim ficar estacionado no aqui e agora. Esquecer não é uma alternativa a disposição e, por isso, nos resta fazer o mais sensato: tentar aprender. Nunca é fácil e a possibilidade de continuar repetindo os mesmos erros é muito grande. No entanto, isso serve como base para o aprendizado. A cada tombo, você percebe alguma coisa diferente e com isso vai amadurecendo.

Se por um lado lembrar é importante para a nossa própria história, o que dizer então a respeito do esquecimento? Alguns diriam que é uma espécie de benção, pois enxergam isso como um recomeço ou um renascer das ``próprias cinzas``. Outros ficariam perdidos em busca de respostas para preencher os espaços em branco do livro de suas vidas. Talvez tentassem abraçar a idéia de reiniciar a partir de um ponto, mas dificilmente ficariam a vontade sentindo que tem algo errado.

Enfim, este é um tema vasto e o meu texto-divagação nada mais é do que uma sugestão de reflexão sobre os caminhos da memória.

01 maio 2011

Thor



Dirigido por Kenneth Branagh e com Chris Hemsworth no papel principal, o filme Thor (2011) estreou essa semana marcando mais um ponto da Marvel Studios no cinema. Assim como seus outros filmes baseados em personagens de sucesso dos quadrinhos da editora, essa produção teve o devido cuidado de respeitar o material original e torná-lo atrativo para o público atual. É sabido que o personagem, oriundo da mitologia nórdica, não tenha nos quadrinhos um poder icônico no mesmo nível que outros personagens tais como Batman, Superman e Homem-Aranha. Por isso, uma necessidade até maior de explicar mais sobre sua origem e todo seu universo mítico e fascinante nas telas.

Outro detalhe interessante a ser citado é o fato que basicamente todo filme baseado em quadrinhos tem uma certa regra comum e, de certo modo, lógica. Como se trata de uma trilogia, o primeiro é sempre uma grande apresentação dos personagens e do seu contexto. No caso de Thor, não seria nem um pouco diferente. Temos como exemplo a rivalidade mortal entre os reinos de Asgard, o reino de Odin (Anthony Hopkins), e Jotunheim, o lar dos gigantes de gelo liderados pelo rei Laufey (Colm Feore), muito bem caracterizado por sinal. E é graças a esses inimigos que somos também apresentados ao lado mais conhecido do herói asgardiano: o guerreiro. Creio que nesses momentos estão as melhores cenas do filme.


Sobre as atuações, é necessário dizer que o ator Anthony Hopkins realmente brilha no papel de Odin, conhecido como o ``Pai de Todos`` na história. O mesmo ocorre com Loki (Tom Hiddleston) e Thor (Chris Hemsworth), os seus respectivos filhos na trama. Na minha opinião, os dois se destacam, cada um ao seu modo, pela sutileza de suas ações. O irmão adotivo do herói se caracteriza como um vilão inteligente e malicioso próximo daqueles clássicos e inesquecíveis como Lex Luthor, porém único pela impressionante habilidade de manipular não só a todos como os eventos conforme sua vontade.



No caso de Thor, acredito que o até então desconhecido ator chamou a atenção por mostrar com leveza alguns lados bem diferentes do personagem, seja o de imaturo, galante, arrogante, nobre ou educado. Apesar das poucas, porém muito boas cenas de ação, ele comprovou ser a escolha mais acertada para o papel, o que é ótimo tendo em vista o projeto ambicioso do filme dos Vingadores, no qual teremos reunidos todos os grandes personagens apresentados pela Marvel Estudios como: Hulk, Homem de ferro, Capitão América, Thor, Gavião Arqueiro, Viúva negra e Nick Fury.

Em relação aos pontos negativos, confesso ter me incomodado muito com a utilização praticamente inútil do recurso do 3-D que até poderia ter sido melhor empregado. Particularmente, não acho que compensa comprar um ingresso mais caro para assistir esse filme no formato que ultimamente está virando moda. Outro detalhe que também me incomodou foi o excesso de humor no filme. Nada contra, mas acredito que uma produção dessa precisa ter uma dosagem melhor de elementos como esse misturado às cenas de ação. Um exemplo disso é a personagem Darcy (Kat Dennings), que mesmo funcionando como um bom alivio cômico às vezes força um pouco em algumas cenas. Falando ainda em personagens, achei uma pena a Lady Sif (Jaimie Alexander) ter tido tão pouco espaço em relação aos três guerreiros Hogun (Tadanobu Asano), Fandral (Josh Dallas) e Volstagg (Ray Stevenson), muito bem retratados no filme.

Enfim, encerro aqui a minha critica e reflexão sobre esse filme do qual esperei ansiosamente para assistir e que com certeza não me decepcionei nem um pouco. Valeu mesmo a pena realizar mais esse sonho nerd na semana da estréia. Recomendo a todos leitores do blog que conheçam um pouco mais desse herói guerreiro que agora martela de forma digna o seu espaço no panteão dos heróis do cinema.

Fonte das imagens: http://www.omelete.com.br/