O mundo lá fora está cada vez mais barulhento. Existem muito mais pessoas querendo falar em comparação com aquelas dispostas a ouvir. Parece uma briga e em muitos momentos do cotidiano vira até guerra. É o caso do som ensurdecedor de uma sinfonia nada agradável tampouco harmônica de um trânsito em horário de pico. Uma festa abastecida de bebidas e muitas conversas paralelas feitas em grupos. O quinto dia útil numa agência bancária. Com tanto caos por ai, o tempo se torna algo cada vez mais escasso. Se vai com uma rapidez impressionante como se minutos tivessem a velocidade de segundos.
No entanto, quando uma voz se cala poucos realmente notam sua ausência. E quando notam, apenas tentam trazê-la de volta ao jogo mesmo sem saber o porque do sumiço aparentemente repentino do seu som. O mais engraçado de toda essa história é o incômodo das pessoas com o silêncio como se esse fosse uma novidade ou até mesmo uma transgressão.
Você trapaceia as regras do jogo e ao mesmo tempo se protege. Seria então um crime defender sua própria natureza?